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domingo, 2 de dezembro de 2012

Universidade de Brasília exibe peça que compara rei Davi ao traficante Nem da Rocinha

Universidade de Brasília exibe peça que compara rei Davi ao traficante Nem da Rocinha
Estreou na última quarta feira na Universidade de Brasília (UnB) uma peça de teatro que retrata o rei Davi como um “bandido social”. Dirigida por Hugo Rodas, a peça é um musical formado por canções do dramaturgo Marcus Mota, que compara o personagem bíblico ao cangaceiro Lampião e ao traficante Nem da Rocinha.
Intitulada “Rei David”, a montagem teatral conta com 55 artistas, entre eles 20 atores, 20 coristas e 15 músicos integrantes da “Brasília Big Band”. A peça é uma realização do Laboratório de Dramaturgia e Imaginação Dramática (LADI), do Departamento de Artes Cênicas e do Instituto de Artes (IdA) da UnB.
De acordo com Mota, a peça vem para mostrar “um lado pouco comentado da história do antepassado de Jesus Cristo”. A encenação questiona a realeza do personagem bíblico, mostrando um homem comum que foi transformado em herói pelo povo. Alguém que praticava crimes para defender seu povo, um bandido social.
Para o dramaturgo, que também é professor na UnB, a narrativa do espetáculo é mais política e estética do que religiosa. No musical, ele aproxima a história do rei Davi à de personagens controversos, e até mesmo de traficantes, afirmando que a trajetória dele foi apenas uma forma de beneficiar a sim mesmo por meio de crimes.
- Queremos mostrar outros aspectos da história. Aquilo que está implícito nos textos da Bíblia, a gente torna explícito. David é um desses bandidos sociais, que acabam tendo papel de liderança para a população, como Lampião, Robin Hood, Nem da Rocinha. A questão é que o povo cria esses heróis. Eles não beneficiam o povo, eles é que são os próprios beneficiados. O musical foi feito para refletir sobre o populismo, que acontece hoje no Brasil – explica.
De acordo com o G1, o texto da peça é baseado em pesquisas bibliográficas, em estudos como o do arqueólogo Israel Finkelstein, feitas pelo Laboratório de Dramaturgia da UnB. Mota afirma que “os estudos mostram que David não poderia ter sido rei porque no local onde viveu era pequeno o número de habitantes”. Segundo ele, a região era habitada por tribos nômades e bandidos e, portanto, não possuía estrutura social para sustentar uma corte.
A peça fica em cartaz até o próximo domingo (2), em sessões às 19h e 21h, e faz parte das comemorações pelos 50 anos da universidade.
Por Dan Martins, para o Gospel+

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